Cuidados com a moleira do bebê.
Dentre os cuidados específicos direcionados aos recém-nascidos, logo após o nascimento do bebê estão as preocupações com a saúde, amamentação e principalmente o acompanhamento passo a passo do desenvolvimento do bebê.
Nos primeiros dias de vida, a criança ainda é muito frágil e necessita de cuidados especiais, seja na hora do banho, troca de fralda, momento da amamentação e principalmente no jeito de segurar o bebê.
São tantas preocupações, afazeres, novidades que muitas vezes nos sentimos perdidos e confusos com a avalanche de informações que encontramos, mas calma. É interessante buscar informação na internet, porém o acompanhamento pediátrico é ideal e recomendado.
Entender que o recém-nascido deve ser preservado de passar pelo colo ou mãos de muitas pessoas, pois qualquer movimentação brusca pode machucá-lo é essencial, uma região que as mães devem ficar atentas é na área da moleira ou fontanela, a qual fica localizada no topo da cabeça.
As moleiras dos recém-nascidos são aberturas no crânio, exatamente no osso o qual é separado por linhas denominadas de suturas.
Essa região da moleira fica no topo da cabeça dos bebês e as linhas suturadas são dessa forma, pois tem a função de facilitar a passagem do nenê através do canal vaginal durante o parto normal. Logo em seguida ao parto, essa região apresenta algumas imperfeições decorrentes do processo do parto, porém essas deformidades são corrigidas já nos primeiros 15 dias.
Curiosidade sobre a fontanela dos bebês.
Muitas pessoas não sabem, mas os bebês nascem com duas fontanelas (a anterior e posterior), localizadas respectivamente no topo da cabeça e a outra na região de trás da cabeça, a função essencial da moleira é facilitar a movimentação da criança durante o parto, pois com essa mobilidade a saída do bebê é feita sem traumas e compressão da cabeça do bebê.
Cuidados com a moleira
O fechamento completo da fontanela é finalizado após dois meses de vida, a moleira frontal, geralmente fecha após 1 ano e meio de vida do bebê. É necessário que seja feito um acompanhamento por parte do médico pediatra ao longo desse período, ele fará a observação mensal da alteração cranial do bebê e também para verificar se o fechamento da moleira está sendo normal.
As mamães devem observar se a moleira não está com aspecto de afundamento ou sobressaltada da cabeça da criança, se houver algum desses aspectos é necessário buscar auxílio de um profissional.
Outro ponto a se salientar é a circunferência do crânio, como também ter cuidados específicos com a região da fontanela do bebê, sendo elencados abaixo alguns cuidados:
- Lavar a cabeça do bebê com leveza e sem pressionar;
- Evitar apertar ou apalpar a moleira;
- Evitar o uso de acessórios como presilhas, faixas e tiaras que apertem a cabeça da criança.
Como deve ser a aparência da moleira?
As moleiras devem ter a aparência plana, quando o bebê estiver na posição deitada e com uma leve depressão quando o bebê está sentadinho ou de pé. A fontanela pode ter pulsação, assim como o pulsar do coração, isto se dá devido a movimentação dos batimentos cardíacos do bebê por meio da conexão venosa local.
Essa pulsação da fontanela é uma composição moderada de movimentos na área mais mole da cabeça, e isso é completamente normal e não deve ser motivo de preocupação.
Os pais devem permanecer atentos a seus filhos e ao menor indício de alterações, levar a criança ao pediatra. Existe um mito em torno da moleira o qual se proibia que olhasse para a moleira ou tocasse, somente deve-se evitar tocar a região da fontanela.
Veja quais alterações possíveis para a moleira:
- Fontanela mais baixa ou afundada: isso pode indicar que o crescimento do crânio está bem abaixo da média, o que pode levar a uma ocorrência de desidratação severa ou até mesmo a presença de possíveis doenças.
- Fontanela mais alta: pode demonstrar uma alteração na pressão craniana e também indicar quadros de infecção, se a região estiver alta é indicado que seja levado urgentemente o bebê ao médico.
Quando ocorrer de o bebê ficar deitado ou chorando muito é muito comum que a fontanela tende a ficar um pouco mais alta, por se tratar de um tecido extremamente mole. Dessa forma, se a moleira estiver com o formato côncavo, ou seja, mais alta em relação a altura normal da cabeça. Outros sintomas muito comuns que podem vir a aparecer são vômito, febre e sonolência frequentes, por isso ao menor evento e alarme de problemas de saúdes é indicado procurar um médico.
A principal causa de moleira alta ou inchada na criança é o aumento da pressão cerebral, o que pode ser desencadeada por inflamações ou armazenamento irregular de líquidos na região do crânio. A consulta com um pediatra é fundamental porque qualquer irregularidade no cérebro da criança, principalmente nos dois primeiros anos de vida, pode gerar danos para o desenvolvimento cognitivo.
E se a moleira demora para fechar?
Da mesma forma que ocorre o fechamento da fontanela antes do tempo médio, também pode existir um retardo para que ocorra o fechamento da moleira.
Vale destacar que a fontanela da parte de trás do crânio tem o tempo de fechamento médio de 1 ano e meio, no caso de problemas de saúde como a hidrocefalia, pode ser um obstáculo maior para que a fontanela se feche. A solidificação completa é necessária e no caso de vir a ocorrer dificuldades se ela não fechar por completo como retardo no desenvolvimento cerebral do bebê, nesses casos o pediatra poderá a vir indicar um tratamento ou até mesmo um procedimento cirúrgico que fomentará o crescimento do cérebro de forma correta.
Quando essa alteração se dá é denominada por cranioestenose, e é considerada muito rara. Também conhecida como “doença da moleira fechada”, tem sua origem em alterações genéticas e é possível que seja diagnosticada através de exames de imagem.
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Sou Marília Tannuri Verni – Mãe de 2 meninos (Ian – 12 anos e Lorenzo – 5 anos), publicitária, idealizadora do portal Grávida em Campinas e proprietária da loja infantil on line Petit Papillon Bebê & Criança. Uma apaixonada pelo universo infantil e por todas as chances que a maternidade nos proporciona.
