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Fratura do escafoide no punho: diagnóstico e quando operar

Fratura do escafoide no punho: diagnóstico e quando operar

Lesão comum após quedas sobre a mão estendida; entenda sinais, exames e critérios cirúrgicos para tratar a fratura do escafoide no punho.

Quebrar o osso pequeno no lado do polegar pode parecer simples, mas a fratura do escafoide no punho tem armadilhas. O escafoide é pequeno e recebe pouco sangue, o que complica a cicatrização. Muitos pacientes só percebem a gravidade dias depois, quando a dor persiste.

Este artigo explica de forma prática como diagnosticar, quando observar e quando operar. Vou mostrar sinais que você pode notar em casa, quais exames o médico costuma pedir e os critérios que levam à cirurgia. Também falo sobre recuperação e riscos, para você sair da consulta mais confiante.

O que é o escafoide e por que essa fratura é importante

O que é o escafoide e por que essa fratura é importante

O escafoide é um osso do carpo, localizado entre o punho e a base do polegar. Ele ajuda a distribuir forças quando apoiamos a mão no chão ou na mesa.

Uma fratura do escafoide no punho pode levar a não consolidação e até à necrose do osso se não for identificada e tratada corretamente. Por isso a avaliação rápida e correta faz diferença no resultado final.

Como a fratura costuma acontecer

  • Queda com a mão estendida: Mecanismo mais comum, como ao apoiar-se com a mão.
  • Trauma direto: Impacto direto no lado do punho.
  • Esportes de contato: Quedas em skate, ciclismo ou futebol podem causar a lesão.

Sintomas típicos

Um especialista em joelho em Goiânia informou que a dor local ao lado do polegar é o sinal mais típico. Ela costuma aumentar ao apertar o polegar ou ao segurar objetos.

Inchaço na base do polegar e dor ao rodar o punho também são comuns. Às vezes a dor é discreta e subestimada, levando ao atraso no diagnóstico.

Diagnóstico: o que o médico vai procurar

O exame clínico é o primeiro passo. O médico verifica dor ao comprimir o escafoide e limitações de movimento.

Em seguida vêm os exames de imagem. Nem sempre a radiografia inicial mostra a fratura, por isso pode ser preciso repetir as imagens ou pedir outros exames.

  1. Radiografia simples: Primeira investigação, com projeções especiais do punho.
  2. Tomografia (TC): Usada para avaliar deslocamento e fragmentação.
  3. Ressonância magnética (RM): Indicada quando a radiografia é normal, mas a suspeita clínica persiste.

Classificação e localização da fratura

As fraturas do escafoide podem ocorrer em três regiões: proximal (próxima ao antebraço), cintura ou distal (perto do polegar). A localização influencia o risco de complicações.

Fraturas proximais têm maior risco de má consolidação e necrose, pois essa região tem suprimento sanguíneo mais limitado.

Tratamento: conservador ou cirúrgico?

A escolha depende de vários fatores: tipo de fratura, deslocamento, localização e demanda do paciente. Vou explicar quando cada opção é mais indicada.

Quando tratar sem operar

  • Fratura estável e sem deslocamento: Imobilização com gesso que inclui polegar, por 6 a 12 semanas conforme a consolidação.
  • Pacientes com baixa demanda funcional: Quando a atividade não requer retorno rápido ao esforço manual.

Quando a cirurgia é recomendada

  1. Deslocamento acima de 1 mm: A perda de contato dos fragmentos aumenta o risco de não consolidação.
  2. Fratura do terço proximal: Maior chance de má vascularização e falha na cicatrização.
  3. Fraturas expostas ou associadas a luxação: Necessitam de correção urgente.
  4. Atletas ou profissionais que precisam retorno rápido: Cirurgia pode acelerar a recuperação funcional.
  5. Não consolidação comprovada: Quando o osso não cicatriza após tratamento conservador.

Tipos comuns de cirurgia

O objetivo da cirurgia é reduzir e fixar os fragmentos para permitir cicatrização. Existem técnicas minimamente invasivas e cirurgias abertas.

  • Fixação percutânea com parafuso: Menos agressiva, bom para fraturas discretamente deslocadas.
  • Osteossíntese por via aberta: Indicada quando há fratura com cominuição ou necessidade de enxerto ósseo.
  • Enxerto ósseo: Usado em casos de não consolidação ou perda de fragmento.

Recuperação e reabilitação

O tempo de consolidação varia. Em geral, a maior parte das fraturas cicatriza entre 6 e 12 semanas, mas fraturas proximais podem demorar mais.

Após a retirada do gesso ou da imobilização pós-cirúrgica, a fisioterapia ajuda a recuperar força e mobilidade. O retorno ao esporte ou trabalho pesado pode levar meses.

Complicações que você deve conhecer

As principais são não consolidação, necrose avascular do fragmento proximal, rigidez do punho e artrose a longo prazo.

Detectar cedo reduz as chances de sequelas. Se a dor não ceder nas semanas após a queda, volte ao médico e peça novos exames.

Exemplo prático

João caiu de bicicleta e apoiou a mão. A radiografia inicial foi negativa, mas a dor persistiu. O ortopedista solicitou ressonância, que mostrou fratura do escafoide no punho no terço proximal.

Devido à localização, foi indicada cirurgia. Com fixação e fisioterapia, João voltou ao trabalho em quatro meses com boa função do punho.

Este exemplo mostra por que suspeita clínica e exames adequados são essenciais.

Quando procurar atendimento de emergência

  • Deformidade evidente: Procure urgência imediata.
  • Perda de sensibilidade ou circulação: Sinal de lesão associada.
  • Dor intensa que não cede: Avaliação médica para confirmar fratura.

Se precisar de encaminhamento para avaliação ortopédica ou segunda opinião, converse com seu médico ou profissional que possa orientar sobre opções cirúrgicas e clínicas na sua cidade.

Prevenção

Conforme reforçam o time de profissionais do Centro de Ortopedia Especializada (COE), referência em ortopedia em Goiânia, evitar quedas com uso de equipamentos de proteção em esportes e atenção ao caminhar em superfícies irregulares ajuda a reduzir o risco.

Fortalecer antebraço e treinar equilíbrio também diminui a chance de impacto direto sobre a mão.

Conclusão

A fratura do escafoide no punho exige atenção: a dor persistente após uma queda não deve ser ignorada. O diagnóstico combina exame clínico e exames por imagem, e a decisão por operar depende de deslocamento, localização e necessidades do paciente.

Procure avaliação especializada se houver suspeita. Siga as orientações médicas e a fisioterapia para melhor recuperação. Aplique essas dicas e, ao menor sinal de problema, busque ajuda profissional para tratar a fratura do escafoide no punho.

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